terça-feira, 18 de novembro de 2008

Geologia da Montanha do Pico

A Montanha do Pico constitui um edifício vulcânico com altura de 2351m acima do nível do mar e cerca de 3500m acima da plataforma oceânica dos Açores (Nunes, J.C. 1999), o qual se designa por Estratovulcão*, muito semelhante ao Vulcão do Fogo em Cabo Verde, ao Teide nas Canárias, Monte Fuji no Japão e ao Mayon nas Filipinas, sendo o terceiro maior do Oceano Atlântico. Esta apresenta um grande número de formações geológicas características deste tipo de edifício vulcânico, bem como uma grande variedade de tipos de basalto, que variam pelas suas características morfológicas e químicas.
A montanha foi então formada por várias erupções, as quais lançaram grandes escoadas lávicas que acabaram por formar a zona Oeste da ilha, tendo, no entanto, havido também algumas erupções adventícias nos seus flancos, geralmente de natureza estromboliana. Como resultado destas erupções adventícias podemos encontrar na montanha várias formações, como os “cabeços”, das quais resultaram diversos níveis de piroclastos.

Tendo iniciado a sua formação há cerca de 240 000 anos, a edificação da montanha processou-se por fases, sendo, assim, este tipo de vulcão designado de poligenético.

Assim, podemos dividir a formação da Montanha do Pico em 3 fases:


o Fase I – Edificação de um grande cone vulcânico, devido a uma grande actividade na parte central do vulcão, tendo atingido dimensões semelhantes à do vulcão actual.
Esta fase termina com o colapso do topo do vulcão, originando uma cratera-poço* com cerca de 800m de diâmetro a uma altitude de cerca de 2050m.

o Fase II – A actividade vulcânica no topo do vulcão dá-se a partir de fissuras localizadas na cratera, originando extensos derrames lávicos pahoehoe*, que preenchem toda a cratera, e aumentam a altura do vulcão.
Esta fase termina novamente num colapso do vulcão originando uma cratera à cota aproximada de 2250m, deslocada para NNE.

o Fase III – Formação do cone do Piquinho, no interior da cratera actual, deslocado para NE, emitindo escoadas lávicas sob a forma de “lavas em tripa”* que preenchem grande parte da cratera. Esta lava originou um lago de lava na cratera, tendo transbordado nos bordos E e SE da cratera. Esta fase termina com o aparecimento de uma fissura eruptiva, no interior da cratera, emitindo essencialmente piroclastos.


4 comentários:

Carlos Faria disse...

Bem, julgo que nos conhecemos, não só pela foto como por questões profissionais, mas independentemente disso, obrigado por ser seguidor do geocrusoe eu entretanto retribuirei na mesma moeda e com tempo haveremos de cooperar dentro do possível.

Valter Medeiros disse...

Muito obrigado. tenho seguido o seu blog nos ultimos tempos e acho interessantíssimo. Neste blog não publicarei só o que for encontrando sobre geologia, mas também biologia e outros assuntos relativos à Ilha Montanha. Mas não faltarão posts sobre geologia, visto ser uma área que sempre me interessou e muito.
cumprimentos

Valter Medeiros disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

J'aime vraiment votre article. J'ai essaye de trouver de nombreux en ligne et trouver le v?tre pour être la meilleure de toutes.

Mon francais n'est pas tres bon, je suis de l'Allemagne.

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